Quatro anos após o assassinato de Auriecília Matias Nascimento, de 22 anos, e o suicídio do Subtenente da Policia Militar Francisco de Oliveira Souto, o Ministério Público do Ceará, solicitou a reabertura e aprofundamento das investigações sobre o caso, ocorrido em agosto de 2021 no Beira d’Água clube, no bairro São Mateus.
O crime, tipificado como feminicídio, já tinha um suspeito identificado: o subtenente da Polícia Militar Francisco de Oliveira Souto, companheiro da vítima, que tirou a própria vida após o ato.
Embora o inquérito policial tenha sido instaurado e contenha depoimentos, laudos periciais e apreensão de arma, o MP apontou a ausência de novas diligências investigativas nos últimos anos.
Em despacho datado de 13 de outubro de 2025, a Promotora de Justiça Naiana Barroso Dantas destacou que, decorrido mais de quatro anos, não houve avanços significativos na elucidação completa das circunstâncias do crime, especialmente após a apresentação de “fatos novos” que exigem um aprofundamento.
Para buscar a verdade completa, o Ministério Público requereu uma série de medidas à Delegacia de Polícia Civil, dentre elas a Realização de perícia nos celulares da vítima (Auriecília) e (Francisco de Oliveira Souto), visando recuperar mensagens e dados.
A Promotoria devolveu os autos à Polícia Civil de Canindé, determinando que a Autoridade Policial apresente o relatório final das investigações em um prazo máximo de 30 dias ou solicite uma prorrogação de prazo, devidamente fundamentada.
O MP ressalta que as novas diligências buscam esgotar todas as linhas investigativas. Caso não se obtenham novos elementos, a autoridade policial deverá certificar a circunstância e, se for o caso, opinar pelo arquivamento do feito.

